terça-feira, outubro 28, 2008

Mmmmmm..... Anarquista de extrema esquerda?..



Porque não experimentar?
http://www.politicalcompass.org/test

segunda-feira, outubro 06, 2008



Esta imagem faz da expressão: "por essa estrada ainda te vais meter em sarilhos", a mais banal das indicações rodoviárias.

E não é que, para os lados da Moita, existe mesmo uma terra a quem alguém se lembrou de chamar Sarilhos Pequenos e, ali ao lado, podemos mesmo ir dar a Sarilhos Grandes!

Moral da história: Quem sai de Chão Duro é para se meter em Sarilhos.

Ótima oportunidade para tomar um café com vista para o Tejo.

quinta-feira, setembro 25, 2008

Soltar amarras e sentir o barco a libertar-se suavemente, a balançar. Os sons mudos da água lançam um manto de tranquilidade na paisagem que me rodeia. O horizonte arde escarlate, antes de ceder finalmente ao anoitecer que se aproxima. Multiplicam-se os sinais daqueles que esperavam a noite para se lançarem no território para lá dos seus refúgios, demasiado exposto durante o dia. Uma orquestra de grilos ensaia um concerto em lá menor, enquanto uma cigarra distraida mantém um solo lírico por mais alguns minutos. O guincho impertinente de uma ave de rapina interrompe este espetáculo, que rápidamente se recompõe e retoma o seu tom destacado. Ao longe descubro o som de um mocho e adivinho o vaguear hesitante de um roedor esfomeado.

Facturar, aumentar o lucro, especular, distribuir dividendos e calcular margens, retalhar, retalhar.

Arrepiante, ouvir o Corporate Cannibal da Grace Jones, com um toque de Tricky à mistura.

quarta-feira, julho 23, 2008

Car runs on water?






Há muito que se fantasia sobre um carro movido apenas a água. Numa altura em que o petróleo atinge preços proibitivos e reafirma a sua utilidade no fabrico de tupperwares e pastilhas elásticas (não como combustível), é estranho que um tema tão do interesse geral não surja no enquadramento dos telejornais portugueses.
Resta saber se é verdadeira esta tecnologia..

quinta-feira, maio 01, 2008

Vi o Sicko do Michael Moore e recomendo-o.

Sobretudo lembrou-me que o sistema nacional de saúde, comum à maioria dos estados ocidentais, não é apenas uma questão económica. É o reflexo da sociedade em que queremos viver. A vida é incerta, a morte nem tanto. O último reduto de uma ideia de conjunto que podemos alimentar é o respeito inequivoco por esse bem frágil e precioso que é a vida de cada um. Pagamos impostos para que um dia, quando mais precisarmos, sabermos que a comunidade partilha a sua cota de responsabilidade no apaziguar do nosso sofrimento. E isto, como dizê-lo, é uma ideia bonita, mas infelizmente violável.

Embora esquecido e invisivel aos nossos olhos, que damos por adquirido o direito aos cuidados de saúde universais, existe um país, curiosamente o mais rico do mundo, onde esta certeza não existe. Aqui o direito ao tratamento é negociado entre as seguradoras e cada um dos cidadãos anónimos, como se de um bem material se tratasse. É chato negociar o arranjo de um pára-choques amolgado, mas mais delicado é negociar um transplante de medula, ou um antibiótico quando disso depende a nossa vida. De um lado uma pessoa desperada, do outro uma equipa de advogados. Negar o primeiro é oportunismo contabilístico, negar o segundo é perverso, quando sabemos que o doente em causa não tem alternativa acessivel.

Um tipo com fome, ou ressaca, que aponta uma arma pelos 200 dólares duma caixa registadora é preso como uma ameaça à sociedade, um outro que promove, com calculista lucidez, a aprovação de uma lei que condena milhões de pessoas a uma degradação ou morte evitável, conquista um salário de 2 milhões de dólares e o topo da hierarquia social.

O que me leva a pensar que o Bin Laden, ao pé destes senhores, é um menino. E as crianças têm o direito de brincar... sobretudo se for na casa de um destes senhores.

terça-feira, abril 29, 2008

Memórias de cheesecake e tarte de maçã, ajudam a passar dias de bolacha de água e sal.

Ou não..

segunda-feira, abril 28, 2008

Ás vezes dou por mim renitente em assumir que estou. Indeciso de ser, embriagado pela tentação de não passar de substância volúvel, em contínua observação, matéria em construção, a definir. Mas tudo à minha volta me pressiona a mostrar que existo, que tomo uma posição, que não sou indiferente.

Este fim de semana, no meio do mar, não pude deixar de assistir a uma metáfora da minha vida. O mar revolto do alentejo dava ares da sua beleza rude e eu insistia em poupar o meu fôlego e energias para aquela onda ideal, aquela formação que justificaria cada entrega dos meus movimentos, uma onda em que eu fluiria com gratificante prazer, satisfeito por me ter lançado a ela. As ondas iam passando e eu hesitava repetidamente. Argumentos não faltavam: um surfista mais bem colocado, uma onda que iria fechar abrutamente, uma parede demasiado íngreme e intimidante.

No mar, um pouco como na vida, existe um fronteira que divide a zona de rebentação ( ou inside), da zona de calma onde as ondas não rebentam ( o outside). Esta fronteira nem sempre está claramente definida, mas é neste limbo que o surfista se coloca. É aqui, onde a onda atinge a sua altura máxima antes de ceder ao peso da sua crista e rebentar, que se aproveita o seu impulso para fluir ao longo da massa de água, que se ergue paralela à costa. Alguns metros para lá desta linha e apenas se colhe uma massa de água turbulenta, alguns metros atrás e a impulsão não chega para nos arrastar.

Embora no outside, a corrente arrastava para a zona de rebentação e eu, ora cedia hesitante, preparando-me para me lançar a alguma onda, ora regressava ao outside para evitar um set inesperado. Foram inúmeras as hesitações e a cada duas aproximava-me do inside e as ondas rebentavam diante de mim, envolvendo-me numa turba de água revolta. É certo que "apanhei" algumas ondas, mas não tantas como poderia ter apanhado se não estivesse tão preocupado em controlar o momento, em querer o mar moldado a mim, rogando pragas a poseidon pela falta de consideração.

Insisto (é patológico) em querer ficar no outside a escolher ondas à la carte, mas a vida sempre me puxa para a realidade com violentas turbas de água.

Moral da história: Hajam umas ondas pelo caminho.

PS: Eu gosto de surfar mas sou um gajo com um pulmão fraquinho.

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Revolução

E não é para menos. Das 19:55 às 20:00. 5 minutos inteirinhos sem ligar nenhum equipamento electronico em casa.

Para a próximo podiamos ser mais ambiciosos e, sei lá, ficar para ai 6 minutos sem ligar a televisão. Que isto das boas acções deve ter uma metodologia ambiciosa para atingir as metas a que se propõe.

Para celebrar: uma mega festa e convidar o pessoal todo da zona, cada um no seu automóvel, porque a malta é independente e gosta de ouvir aquele som que teve a sacar a noite toda na net. Monta-se o sistema de som, um sistema de luzes bem bacano, mete-se uns filmes a passar na tv e toca a bombar na bimbi umas caipirinhas, enquanto as pipocas vão estalando no micro-ondas. Ao computador um grupo reune-se curioso em conhecer o impacto global desta genial iniciativa.

No dia seguinte, estes venerados cidadãos conscientes despertam confiantes do dever cumprido e apressam-se a ligar a toda a gente a contar a boa nova.

Há coisas que me comovem de tão parvas..

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Management..

Management: Comprises planning, organizing, resourcing, leading or directing, and controlling an organization (a group of one or more people or entities) or effort for the purpose of accomplishing a goal. Resourcing encompasses the deployment and manipulation of human resources, financial resources, technological resources, and natural resources.

sexta-feira, fevereiro 08, 2008



Tim Roth é um actor inglês de protagonismo discreto mas contundente.
Em "A lenda de 1900" é Danny Boodman T.D. Lemons 1900, o pianista da banda, num paquete de luxo, onde é precocemente abandonado pelos pais biológicos e adoptado por um maquinista, que o cria entre o vapor da casa das máquinas. Fascinado aos primeiros contactos com os sons da banda, no salão nobre do navio, acaba ele próprio o centro de todas as atenções, em inspiradas actuações que vive com despretenciosa satisfação. Nunca deixa o navio. Ao piano é insuperável, mas é incapaz de cruzar a porta para lá do casco que o acolhe.
Ao seu amigo Max confessa: "Sabes, aqui dentro conheço cada uma das teclas e suas subtilezas: consigo combiná-las numa infinidade de sons. Lá fora o número de teclas é infinito, não sei nem como começar."

segunda-feira, janeiro 28, 2008


De seu nome Charlène, esta jovem cantautora francesa de 20 e poucos anos foi descoberta por uma editora independente portuguesa - a Merzbau- e que pérola revelaram este nossos compatriotas. Não consegui deixar de esboçar sorrisos compulsivos a cada nova música que, este sábado, ela partilhou com o pequena plateia lisboeta, ali para os lados de santos.
Podem tratá-la por Chat, embora também seja conhecida por Mademoiselle.
Ecoutez

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Se eu fizesse um sitcom musical, gostava de o fazer assim:

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Doce vaidade dos vinte anos
Seguia-te diligente ao longo da sala
passeavas-te num elegante ondular de cintura
Um troca de olhares..
os meus olhos incandescentes ateiam fogo à minha mente
à minha pergunta hesitante respondes numa voz rouca e decidida:
"Claro, a roupa em saldos pode ser trocada."