Mais trágico do que as mulheres não verem em nós o que nós vemos, só mesmo não verem nelas o que nós vemos. *
quinta-feira, dezembro 28, 2006
Olhares Perdidos
"Desde o advento do "Sexo e a Cidade" que o mundo se tornou desnecessariamente complicado: as mulheres passaram a andar pelas ruas em pequenos e despreocupados grupos que, protegidos por uma fachada de auto-suficiência, deixaram de cruzar olhares com estranhos."
Curioso post do classe média.
Curioso post do classe média.
domingo, dezembro 10, 2006
Mais um texto do Pedro Mexia.
O que é que eu posso fazer? Este homem fala por mim..:
O que é que eu posso fazer? Este homem fala por mim..:
"Em quase todas as derrotas, não me empenhei o suficiente. E houve até derrotas que procurei, de tanta falta de empenho. Intempestivo e angustiadamente displicente, como se isso afinal de contas não fosse importante. Mas quando damos tudo, como no poema de Yeats («Never give all the heart»), e falhamos, quando damos o nosso melhor e o nosso melhor não chega, é impossível continuar tudo como dantes, não extrair conclusões, não tomar decisões, não ter algumas dúvidas que são certezas. Quando o nosso melhor não chega, nada disto vale a pena."
domingo, dezembro 03, 2006
Constatação redentora
Sem excepção:
Somos eminentemente falhados.
(Este é o pack base, e não a foto estilo vogue..)
Somos eminentemente falhados.
(Este é o pack base, e não a foto estilo vogue..)
sábado, outubro 07, 2006
Gosto do Terrence Mallick
Uma forma de ver os mitos e a necessidade que todos temos de ter modelos, ou referências culturais, sob risco de orfandade:
"...since unlike most films that self-consciously refer to other films or myths, Malick's films do not engage with them in a particularly critical manner, nor do they understand the notion of myth as something that obscures truth, or legitimizes ideological interests, etc. so that it needs to be “demystified” and “revised”, as in the films of someone like Altman or Godard. Instead, Malick understands myths as “cultural paradigms,” if you will, that function as a precondition for making sense out of the human experience, and that shape the sensibilities of the culture that produces them. Indeed, myths, as recognized as such, are not hypotheses that might or might not turn out to be true, as they serve a completely different function from the presentations of facts."
"...since unlike most films that self-consciously refer to other films or myths, Malick's films do not engage with them in a particularly critical manner, nor do they understand the notion of myth as something that obscures truth, or legitimizes ideological interests, etc. so that it needs to be “demystified” and “revised”, as in the films of someone like Altman or Godard. Instead, Malick understands myths as “cultural paradigms,” if you will, that function as a precondition for making sense out of the human experience, and that shape the sensibilities of the culture that produces them. Indeed, myths, as recognized as such, are not hypotheses that might or might not turn out to be true, as they serve a completely different function from the presentations of facts."
sábado, setembro 30, 2006
Olá II
quarta-feira, setembro 20, 2006
Ecologia, a neurose do século.
"Save The Planet? The planet isn't going anywhere. We are. We're going away, pack your shit folks. We won't leave much of a trace either...Maybe a little Styrofoam. The planet will be here, we'll be long gone, just another failed mutation...The planet will shake us off like a bad case of fleas, a surface nuisance. You want to know how the planet's doing? Ask those people at Pompeii who are frozen into position..." - George Carlin
Este post é provocatóriamente politicamente incorrecto. ;)
Este post é provocatóriamente politicamente incorrecto. ;)
segunda-feira, setembro 18, 2006
A vida é bela!
Alfredo Barroso escreve um muito interessante artigo na revista 6ª, do DN, que destoa no registo actual do discurso, generalizado e beato, dos principais orgãos de comunicação social e difusores da chamada "informação imparcial" ( o que é desde já uma conjugação de palavras anacrónica) que invadem diariamente as nossas casas, e deslumbradas mentes, com a importância dos valores económicos, qual testemunha de jeóva sorridente que convidamos a entrar.
Como uma dona de casa aborrecida, que consome avidamente todas as revistas do cor-de-rosa a que tem direito, também o cidadão comum se congratula de saber as últimas manobras da OPA da Sonae à PT, ou mesmo, das intrigas que estão por trás da última fase de privatização da Portucel, como quem assiste numa posição voyerista aos romances distantes de um circulo social a que a esmagadora maioria nunca terá acesso, mas que logra manter a alegre passividade desta massa anónima eleitora, tão necessária ao funcionamento da máquina económica. Enfeitado de um sorriso infantil, mas desgostoso (como quem tem consciência, esporádica, da sua condição) o cidadão comum, inundado de revistas e suplementos económicos, finge participar numa peça, que disfarçada de democracia, continua a ser representada por uma imensa minoria.
90% do capital bolsista mundial está na mão de 300 milhões de pessoas espalhadas pela Europa, EUA e japão, o que representa algo como 5% da população mundial, e sabendo ainda que a maioria são pequenos e irrelevantes investidores sem poder algum nas empresas em que detêm participações.
Os recursos são finitos e a globalização promete o life style ocidental ao resto da população mundial que queira entrar neste admirável mundo novo, o que parece manifestamente complicado.
Resta saber que vem ai a nova série dos Morangos!!
A vida é bela!
Como uma dona de casa aborrecida, que consome avidamente todas as revistas do cor-de-rosa a que tem direito, também o cidadão comum se congratula de saber as últimas manobras da OPA da Sonae à PT, ou mesmo, das intrigas que estão por trás da última fase de privatização da Portucel, como quem assiste numa posição voyerista aos romances distantes de um circulo social a que a esmagadora maioria nunca terá acesso, mas que logra manter a alegre passividade desta massa anónima eleitora, tão necessária ao funcionamento da máquina económica. Enfeitado de um sorriso infantil, mas desgostoso (como quem tem consciência, esporádica, da sua condição) o cidadão comum, inundado de revistas e suplementos económicos, finge participar numa peça, que disfarçada de democracia, continua a ser representada por uma imensa minoria.
90% do capital bolsista mundial está na mão de 300 milhões de pessoas espalhadas pela Europa, EUA e japão, o que representa algo como 5% da população mundial, e sabendo ainda que a maioria são pequenos e irrelevantes investidores sem poder algum nas empresas em que detêm participações.
Os recursos são finitos e a globalização promete o life style ocidental ao resto da população mundial que queira entrar neste admirável mundo novo, o que parece manifestamente complicado.
Resta saber que vem ai a nova série dos Morangos!!
A vida é bela!
Metamorfose
Processo de transição de uma morfologia esgotada para uma outra reinventada.
A substância perde o seu efeito e é retirada para reformulação..
Chegar ao fim de um ciclo, esbarrar com os limites, sentir o peso de um mundo que não espera por nós, sentir a compressão que asfixia...... Converter-se em água e fluir para o próximo ciclo.
Lavoisier:
"Na natureza, nada se cria, nada se destrói: Tudo se transforma."
A substância perde o seu efeito e é retirada para reformulação..
Chegar ao fim de um ciclo, esbarrar com os limites, sentir o peso de um mundo que não espera por nós, sentir a compressão que asfixia...... Converter-se em água e fluir para o próximo ciclo.
Lavoisier:
"Na natureza, nada se cria, nada se destrói: Tudo se transforma."
quinta-feira, agosto 24, 2006
Bom, já sei que toda a gente tem blogs para poder falar dos filmes que tem visto. Hoje senti-me pouco original e decidi juntar me a esta onda.
A ambiência 80s fluorescente do Scarface e as composições foleiras de saxofone, a contrastar com o argumento sofisticado do Oliver Stone, sabem mesmo bem. Um regresso à fase mais yuppie dos tempos recentes (para não falar dos tempos q correm..) e a busca obstinada dO sonho americano com moral de tragédia Grega. O fio condutor são as peripécias de um personagem que luta a todo o custo por não ser mais um na multidão. Mesmo que seja como bandido feroz. Não se pode ser perfeito..
domingo, agosto 13, 2006
Fiz as pazes com o Kusturica. "Underground" é um filme extraordinário! Um retrato crú, mas fascinante, da natureza humana. Mais uma obra a juntar à lista de bens essenciais a levar para uma ilha deserta ( junto com o gerador, o bidom de diesel, o DVD e a televisão, claro..). E a banda continua a tocar..
terça-feira, agosto 01, 2006
Analogia possivel de apoio a uma vítima da Paixão
"Um viajante inglês conta a intimidade em que vivia com um tigre; criara-o e acariciava-o, mas tinha sempre em cima da mesa uma pistola carregada."
Início de um parágrafo em Vermelho e Negro, do Stendhal.
Início de um parágrafo em Vermelho e Negro, do Stendhal.
sexta-feira, junho 23, 2006
Dia arrastado de ressaca, folheio a revista 6ª do Diário de noticias e deparo-me com este texto:
O Namorado
Sento-me à janela a pensar. É este vidro que me separa da chuva. É esta chuva que separa do mundo. E já não sei o que é sentir o vento fresco bater na cara. Desde que vivo nesta casa, com ela, que não sinto o cheiro a terra molhada. Não tenho fome. A prisão em que ela me tem revolta-me o estômago. Mas talvez seja eu que me prendo a ela. Apesar do ódio, apesar do asco por aquela pele oleosa e vermelha. Na verdade ela é muito bonita. Quando a conheci não sabia como ela era. Via só a rapariga bonita, os cabelos negros, os olhos claros. Pouco tempo depois de nos começarmos a amar, vim viver com ela. Assustei-me com o estado da casa. O pó de meses, não me admirava se de anos, acumulava-se em todos os móveis. Bolas de cotão moviam-se pelo chão, ao ritmo dos nossos passos. Mas eu limpava, e tudo continuava sujo. Como se fosse um estado de espírito da casa. Ela também se deixava ficar a dormitar, todo o dia, ora sobre a cama, ora estendida no sofá. E a beleza dela ia-se afogando num cheiro a sujidade humana, a cansaço extremo.
Quando fazíamos amor, ela olhava-me, e algo dentro dos olhos dela me parecia vivo. Então eu tinha esperança. Ela andava cansada, mas quando recuperasse as energias ia ser só mais uma rapariga normal. E eu tinha vontade de fugir. Mas ia ficando, adormecendo ao lado dela. A primeira vez que eu a vi fazer aquilo, senti o mundo a tremer debaixo dos meus pés. Eu tinha acabado de entrar na cozinha para fazer o jantar e ela estava sentada no chão. Tinha um homem deitado ao lado dela. No peito dele, na camisa branca, viam-se manchas de sangue. Pétalas de rosa de um vermelho muito escuro que se desenhava no tecido branco. Com uma faca ela ia furando a carne. Tinha vida dentro dos olhos, como quando fazíamos amor.
Não fugi, não disse nada. Fui fazer o jantar e esperei que ela se fartasse de estar ali no chão regado de sangue. Enquanto ela tomava banho puxei o homem pelos braços e levei-o para o quintal. Não demorou muito a enterrar porque a terra estava húmida. Continuo a enterrar todas as pessoas que ela mata. Não gosto dela. Não gosto de fazer amor com o corpo dela. Mas estou preso. Não sei que linha inquebrável é esta que nos liga. É este vidro que me separa do mundo. É esta chuva que me separa de mim.
Brutal...
Impossível ficar indiferente a este texto. Fenomenalmente bem escrito e de uma intensidade arrepiante. Que raça!
E pensar que foi escrito pela Liliana Moita, 18 anos, estudante de Ponte de Sor.
O Namorado
Sento-me à janela a pensar. É este vidro que me separa da chuva. É esta chuva que separa do mundo. E já não sei o que é sentir o vento fresco bater na cara. Desde que vivo nesta casa, com ela, que não sinto o cheiro a terra molhada. Não tenho fome. A prisão em que ela me tem revolta-me o estômago. Mas talvez seja eu que me prendo a ela. Apesar do ódio, apesar do asco por aquela pele oleosa e vermelha. Na verdade ela é muito bonita. Quando a conheci não sabia como ela era. Via só a rapariga bonita, os cabelos negros, os olhos claros. Pouco tempo depois de nos começarmos a amar, vim viver com ela. Assustei-me com o estado da casa. O pó de meses, não me admirava se de anos, acumulava-se em todos os móveis. Bolas de cotão moviam-se pelo chão, ao ritmo dos nossos passos. Mas eu limpava, e tudo continuava sujo. Como se fosse um estado de espírito da casa. Ela também se deixava ficar a dormitar, todo o dia, ora sobre a cama, ora estendida no sofá. E a beleza dela ia-se afogando num cheiro a sujidade humana, a cansaço extremo.
Quando fazíamos amor, ela olhava-me, e algo dentro dos olhos dela me parecia vivo. Então eu tinha esperança. Ela andava cansada, mas quando recuperasse as energias ia ser só mais uma rapariga normal. E eu tinha vontade de fugir. Mas ia ficando, adormecendo ao lado dela. A primeira vez que eu a vi fazer aquilo, senti o mundo a tremer debaixo dos meus pés. Eu tinha acabado de entrar na cozinha para fazer o jantar e ela estava sentada no chão. Tinha um homem deitado ao lado dela. No peito dele, na camisa branca, viam-se manchas de sangue. Pétalas de rosa de um vermelho muito escuro que se desenhava no tecido branco. Com uma faca ela ia furando a carne. Tinha vida dentro dos olhos, como quando fazíamos amor.
Não fugi, não disse nada. Fui fazer o jantar e esperei que ela se fartasse de estar ali no chão regado de sangue. Enquanto ela tomava banho puxei o homem pelos braços e levei-o para o quintal. Não demorou muito a enterrar porque a terra estava húmida. Continuo a enterrar todas as pessoas que ela mata. Não gosto dela. Não gosto de fazer amor com o corpo dela. Mas estou preso. Não sei que linha inquebrável é esta que nos liga. É este vidro que me separa do mundo. É esta chuva que me separa de mim.
Brutal...
Impossível ficar indiferente a este texto. Fenomenalmente bem escrito e de uma intensidade arrepiante. Que raça!
E pensar que foi escrito pela Liliana Moita, 18 anos, estudante de Ponte de Sor.
quarta-feira, junho 14, 2006
O mundo aldrabado
Um texto do Pedro Mexia no seu blog, Estado civil:
Eis um dos muitos motivos pelos quais eu gosto tanto de blogues. Um tipo passa o ano a ouvir frases como «Mas custa. Não se fode». E nos jornais e nas revistas nada, nadinha, nem traço disso, nem vestígios dessa realidade, apenas revistas femininas, revistas masculinas, maminhas, modelos, namorados no metro, publicidade, a mui trombeteada revolução sexual, avanço nos costumes, desde 1974 que não sei quê, a Merche, os ginásios, os umbigos, as discotecas, gente disponível, sem preconceitos, sociedade desinibida, segundo um estudo do ICS, segundo um estudo da Católica, segundo o Miguel Vale de Almeida, segundo a conferência episcopal, o hedonismo isto a civilização do corpo aquilo o Giddens aqueloutro. Nos jornais e nas revistas apenas isso, o chinfrim do mundo aldrabado e sem vergonha da sua aldrabice. Haja blogues que contem a vida como ela também é porque a vivemos ou ouvimos contada: «Mas custa. Não se fode».
segunda-feira, maio 22, 2006
Paul Auster escreve a dada altura no seu último livro, "Brooklin Follies":
"Todo o homem contém em si vários homens, de maneira que nós - ou enfim, a maior parte de nós- andamos sempre a saltar de personalidade em personalidade sem nunca chegarmos a saber quem realmente somos."
Disse ele, e disse muito bem.
E assim começo um novo blog..
Um blog que traduz a minha qualidade ociosa de espectador. Confessado exercício de apologia à minha faceta de eterno aprendiz e insaciável consumidor da genialidade alheia. Fase intermédia para atingir uma mais nobre posição de criador, e personagem participativa, que irei tentar explorar o mais possível com pequenas intervenções pessoais; as quais espero virem a assumir uma frequência crescente ao longo do tempo.
Uma amiga manda-me um sms dizendo que "Forever Young" é uma canção foleira.
O tanas. Aos 33 anos, eu acho que é mais que uma canção: é um documentário. Um documentário inesquecível.
A letra é Wordsworth do melhor. O romântico inglês escreveu, cheio de optimismo melancólico:
That though the radiance which was once so bright
Be now for ever taken from my sight,
Though nothing can bring back the hour
Of splendor in the grass, of glory in the flower
We will grieve not, rather find
Strength in what remains behind;
In the primal sympathy
Which having been must ever be;
In the soothing thoughts that spring
Out of human suffering;
In the faith that looks through death,
In years that bring the philosophic mind.
Os alemães com brilhantina, mais cépticos, traduzem para as massas:
Let's dance in style, lets dance for a while
Heaven can wait we're only watching the skies
Hoping for the best but expecting the worst
Are you going to drop the bomb or not?
Let us die young or let us live forever
We don't have the power but we never say never
Sitting in a sandpit, life is a short trip
The music's for the sad men
Can you imagine when this race is won
Turn our golden faces into the sun
Praising our leaders we're getting in tune
The music's played by the mad men
Forever young, I want to be forever young
Do you really want to live forever, forever and ever
Forever young, I want to be forever young
Do you really want to live forever? Forever young
Some are like water, some are like the heat
Some are a melody and some are the beat
Sooner or later they all will be gone
Why don't they stay young
It's so hard to get old without a cause
I don't want to perish like a fading horse
Youth's like diamonds in the sun
And diamonds are forever
So many adventures couldn't happen today
So many songs we forgot to play
So many dreams swinging out of the blue
We let them come true
Forever young, I want to be forever young
Do you really want to live forever, forever and ever
Forever young, I want to be forever young
Do you really want to live forever, forever and ever
Forever young, I want to be forever young.
E eles têm uma coisa que Wordsworth não tinha: uns sintetizadores épicos do catano. O que somado dá uma canção sublime, fantasmática, de uma tristeza inescapável como um céu de chumbo. Que isto venha de uns gajos banais da vasta legião synth-pop é estranho e talvez incompreensível; mas foleiro é que isto não é. Excepto na medida em que as nossas vidas são altamente foleiras.
Encontrei este texto no estado civil.
O tanas. Aos 33 anos, eu acho que é mais que uma canção: é um documentário. Um documentário inesquecível.
A letra é Wordsworth do melhor. O romântico inglês escreveu, cheio de optimismo melancólico:
That though the radiance which was once so bright
Be now for ever taken from my sight,
Though nothing can bring back the hour
Of splendor in the grass, of glory in the flower
We will grieve not, rather find
Strength in what remains behind;
In the primal sympathy
Which having been must ever be;
In the soothing thoughts that spring
Out of human suffering;
In the faith that looks through death,
In years that bring the philosophic mind.
Os alemães com brilhantina, mais cépticos, traduzem para as massas:
Let's dance in style, lets dance for a while
Heaven can wait we're only watching the skies
Hoping for the best but expecting the worst
Are you going to drop the bomb or not?
Let us die young or let us live forever
We don't have the power but we never say never
Sitting in a sandpit, life is a short trip
The music's for the sad men
Can you imagine when this race is won
Turn our golden faces into the sun
Praising our leaders we're getting in tune
The music's played by the mad men
Forever young, I want to be forever young
Do you really want to live forever, forever and ever
Forever young, I want to be forever young
Do you really want to live forever? Forever young
Some are like water, some are like the heat
Some are a melody and some are the beat
Sooner or later they all will be gone
Why don't they stay young
It's so hard to get old without a cause
I don't want to perish like a fading horse
Youth's like diamonds in the sun
And diamonds are forever
So many adventures couldn't happen today
So many songs we forgot to play
So many dreams swinging out of the blue
We let them come true
Forever young, I want to be forever young
Do you really want to live forever, forever and ever
Forever young, I want to be forever young
Do you really want to live forever, forever and ever
Forever young, I want to be forever young.
E eles têm uma coisa que Wordsworth não tinha: uns sintetizadores épicos do catano. O que somado dá uma canção sublime, fantasmática, de uma tristeza inescapável como um céu de chumbo. Que isto venha de uns gajos banais da vasta legião synth-pop é estranho e talvez incompreensível; mas foleiro é que isto não é. Excepto na medida em que as nossas vidas são altamente foleiras.
Encontrei este texto no estado civil.
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