quarta-feira, abril 11, 2007

Não esquecer que a generalidade dos valores que se instituem servem para suportar a sociedade como um todo, um organismo que defende a sua sobrevivência, independentemente dos interesses de cada um de nós. Eventualmente, os dois interesses convergem. Sobretudo quando esta assenta num sistema democrático, em que os desejos das massas ditam as prioridades.

Sublinhar o facto de que falamos de massas, não do individuo. Este dissolve-se nesse conceito mais abrangente e ambíguo que é a vontade geral, a maioria. Cujas vontades são manipuladas objectiva, ou subjectivamente, por entidades mais ou menos obscuras.

O homem explora o homem, só que de forma mais sofisticada, dissimulada. É, e sempre será assim. É um facto que hoje temos mais direitos. No entanto, surgiram novas necessidades.
Se antes vivemos oprimidos por regimes totalitários que cegavam as gentes com culto do líder, jornalismo manipulado, repressão e perseguição, hoje, mobiliza-se as gentes para o frenesim, o stress, a urgência de tudo. A necessidade de ter e fazer tudo, independentemente da sua intima satisfação: de forma insaciável.. O que, naturalmente, deixa as hostes esgotadas. O fim é o mesmo: limitar a capacidade de pensar como individuo, de olhar para dentro, de viver à rebelia das massas.

Se não lhe forem impostos, o homem, apressa-se a construir os seus limites. Está lhe na natureza.

E cada um cria os seus..

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