segunda-feira, setembro 24, 2007
Acorda cedo com um silvado ruídoso, dissipa-se o sonho e a tranquilidade do sono. É mais um dia que se desenha para lá da cama e a rotina já se apressa a o levantar. A água afaga-lhe o corpo com a ternura que tarda. Mais um dia de sorrisos treinados, sem brilho, sem vontade, simulados para se enganar. Pelo menos só mais um pouco. Quem sabe um dia também ele vai acreditar que a vida é isto: rotineira e asséptica. Sem um pedaço de si. Ou apenas isso. Cigarra triste no papel de formiga.
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1 comentário:
Não acredito que a Cigarra possa alguma vez fazer o papel da formiga ou vice-versa. Não é uma questão de vontade, simplesmente é uma questão de ser. Mesmo estando o carreiro uma cigarra não deixa de o ser. E não descansa enquanto não se sentir confortável com aquilo que é.
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