Debaixo de água..
-As baleias conseguem aguentar cerca de meia hora debaixo de água sem respirar..
Eu propunha-me aguentar muito mais do que isso.
Indiferente à natureza fisiológica do meu corpo, mergulhara bem fundo no mar.
Não sei bem como tudo começou. Como um asteróide à deriva afastava-me lenta e gradualmente da superficie. Sem me debater, avançava em direcção ao fundo, onde a luz rareava.
A dez metros de mim reparo em alguém. E está ali outro: estou rodeado de gente.. Que estranho?
- Tudo beEm?
Não parece ouvir-me.. Os sons propagam-se de forma diferente aqui.. Grito mais alto. Continua sem me ouvir. Sinto que grito para uma densa barreira de água. Espera, está a olhar para aqui.. Faço sinais com dificuldade, a viscosidade da água não me permite grandes entusiasmos.
Parece querer dizer-me qualquer coisa.. Não percebo o que diz. Não percebo nada.
-Espeera, vou aproximaar-me.
Nado na sua direcção. Esboço os primeiros movimentos com dificuldade. Dir-se-ia que nunca aprendi a nadar, tal é a forma descoordenada como me movo. Deve ser do entorpecimento dos músculos ou talvez da profundidade. Concentro-me na formação de bruços e esforço-me por persuadir o meu corpo a responder ao meu ímpeto. Avanço com dificuldade.. O meu interlocutor não parece estar tão longe. Alguns gestos mais e estarei à sua frente.
Estranho, subestimei a distância. Continuo afastado. Não só não me aproximei, como pelo contrário estou agora a mais de vinte metros desta pessoa. Ela parece não se aperceber de nada e mantém um olhar de apatia.
Deriva.
domingo, dezembro 23, 2007
sexta-feira, outubro 19, 2007
quarta-feira, outubro 10, 2007
segunda-feira, setembro 24, 2007
Acorda cedo com um silvado ruídoso, dissipa-se o sonho e a tranquilidade do sono. É mais um dia que se desenha para lá da cama e a rotina já se apressa a o levantar. A água afaga-lhe o corpo com a ternura que tarda. Mais um dia de sorrisos treinados, sem brilho, sem vontade, simulados para se enganar. Pelo menos só mais um pouco. Quem sabe um dia também ele vai acreditar que a vida é isto: rotineira e asséptica. Sem um pedaço de si. Ou apenas isso. Cigarra triste no papel de formiga.
segunda-feira, agosto 13, 2007
sexta-feira, julho 20, 2007
Uma autora russa descreveu assim o "elemento feminino"..
"...por natureza tão paradoxalmente generoso para com os que abusam dele e cruel até ao extermínio para com os que se lhe rendem"
Fala da mulher, fala dela, com culpabilidade, mas fala sobretudo de algo que não será exclusivo do feminino..
Fala da mulher, fala dela, com culpabilidade, mas fala sobretudo de algo que não será exclusivo do feminino..
quarta-feira, julho 18, 2007
"Pena capital em caso de escravatura"
Um artigo no jornal Público de hoje diz o seguinte:
"Pena capital em caso de escravatura
Um caso de escravatura envolvendo 30 adultos e crianças numa fábrica chinesa terminou com uma condenação à morte e uma sentença de prisão perpétua, num total de 28 condenações, noticiou a AFP.
Zhao Yanbing, empregado numa olaria da província de Shanxi, no norte do país, foi condenado à pena capital após ter sido considerado cuplado por agredir um operário com uma pá, em 2006.
Um dos chefes da mesma fábrica, foi condenado a prisão perpétua, também por maus tratos. O patrão, Wang Bingbing (do bling-bling), filho do responsável local do Partido Comunista, ficará na prisão por nove anos. A pena mais baixa entre os 28 condenados foi de 18 meses de prisão.
Os 30 trabalhadores foram libertados em Junho e disseram que trabalhavam sob vigilância de guardas e cães, eram constantemente agredidos, alvo de troça e apenas tinham direito a refeições mínimas.
Nos próximos dias, serão lidas as sentenças de 12 arguidos noutros casos de escravatura."
Interessante descoberta de um gap cultural com estes individuos orientais cujo conceito de equidade tem uma interpretação completamente diferente da nossa.
Ora vejamos a fascinante distribuição de sentenças:
Empregado: pena capital
Chefe: prisão perpétua
Patrão: 9 anos de prisão
Grandes são as esperanças na justiça da Républica Popular Chinesa...
"Pena capital em caso de escravatura
Um caso de escravatura envolvendo 30 adultos e crianças numa fábrica chinesa terminou com uma condenação à morte e uma sentença de prisão perpétua, num total de 28 condenações, noticiou a AFP.
Zhao Yanbing, empregado numa olaria da província de Shanxi, no norte do país, foi condenado à pena capital após ter sido considerado cuplado por agredir um operário com uma pá, em 2006.
Um dos chefes da mesma fábrica, foi condenado a prisão perpétua, também por maus tratos. O patrão, Wang Bingbing (do bling-bling), filho do responsável local do Partido Comunista, ficará na prisão por nove anos. A pena mais baixa entre os 28 condenados foi de 18 meses de prisão.
Os 30 trabalhadores foram libertados em Junho e disseram que trabalhavam sob vigilância de guardas e cães, eram constantemente agredidos, alvo de troça e apenas tinham direito a refeições mínimas.
Nos próximos dias, serão lidas as sentenças de 12 arguidos noutros casos de escravatura."
Interessante descoberta de um gap cultural com estes individuos orientais cujo conceito de equidade tem uma interpretação completamente diferente da nossa.
Ora vejamos a fascinante distribuição de sentenças:
Empregado: pena capital
Chefe: prisão perpétua
Patrão: 9 anos de prisão
Grandes são as esperanças na justiça da Républica Popular Chinesa...
sábado, junho 30, 2007
sábado, junho 16, 2007
Sinceridade
O nível de sinceridade que temos para com os outros depende do nível de sinceridade que temos para com nós próprios.
terça-feira, maio 22, 2007
The Littlest Hobo
Desenterrei isto na net.
De tanto procurar lá encontrei. A música foi a prova categórica que era isto que procurava.
Confirma-se: a memória é selectiva e ainda bem.
Este cão deixou marca no puto dos 80s. Para o bem e para o mal, revejo-me no animal.
De tanto procurar lá encontrei. A música foi a prova categórica que era isto que procurava.
Confirma-se: a memória é selectiva e ainda bem.
Este cão deixou marca no puto dos 80s. Para o bem e para o mal, revejo-me no animal.
terça-feira, maio 15, 2007
Amor bomba
"Todo o comportamento de Dalila não insinua sequer o amor, e, contudo, é esta mulher traidora e cruel que sansão adora, e, como já notámos, pode bem ser que seja essa faceta de traição que nela ama, o que força o leitor a ampliar e afrouxar a vera definição de amor: é, provavelmente, a crueldade de Dalila, a sua paixão quase transparente por o ferir que o amarra a ela com laços ínvios, laços estes revelando-se mais fortes do que quaisquer outros precedentes e que, por conseguinte, pela primeira vez, lhe despertam o amor.(...)
E se, pelo seu lado, era vero amor, pode-se suspeitar (talvez apenas por mero desejo nosso) que Sansão permita que Dalila o engane repetidas vezes porque espera, em plena desesperança, estar ele próprio enganado;(...)
Talvez. E por causa disto ele lhe confiou kol libo, nada menos que o seu coração inteiro, que ela acusara de arrendamento e engano: tudo o que ele tinha ocultado, suprimido e entesourado dentro, por tantos anos. Num lapso momentâneo, Sansão dá-lhe tudo, com o mesmo género de loucura, de esbanjamento de cortar a respiração que por vezes aflige o mais retrógado dos míseros; com a tola inocência daquele que acredita que se confiar alguma coisa a outra pessoa, de repente, numa espécie de transferência instantânea, finalmente chegará a um sentimento de intimidade autêntica."
Love sucks!
Determinadas análises trazem-me um misto de consolo e inquietação..
Até que ponto são as nossas experiências pessoais genuínas, se as encontramos descritas por alguém a quem nada confessámos.
E se, pelo seu lado, era vero amor, pode-se suspeitar (talvez apenas por mero desejo nosso) que Sansão permita que Dalila o engane repetidas vezes porque espera, em plena desesperança, estar ele próprio enganado;(...)
Talvez. E por causa disto ele lhe confiou kol libo, nada menos que o seu coração inteiro, que ela acusara de arrendamento e engano: tudo o que ele tinha ocultado, suprimido e entesourado dentro, por tantos anos. Num lapso momentâneo, Sansão dá-lhe tudo, com o mesmo género de loucura, de esbanjamento de cortar a respiração que por vezes aflige o mais retrógado dos míseros; com a tola inocência daquele que acredita que se confiar alguma coisa a outra pessoa, de repente, numa espécie de transferência instantânea, finalmente chegará a um sentimento de intimidade autêntica."
Love sucks!
Determinadas análises trazem-me um misto de consolo e inquietação..
Até que ponto são as nossas experiências pessoais genuínas, se as encontramos descritas por alguém a quem nada confessámos.
sexta-feira, maio 04, 2007
Dave, um cínico e amargurado escritor, lê o seu último conto publicado a Ginny, uma espalhafatosa showgirl analfaneta.
Dave: Então? Gostaste?
Ginny: Oh, sim! Muito!
Dave: E o que é gostaste mais?
Ginny: Ah, não sei. As pessoas.. Gostei muito de... ...de todas! Gostei muito das pessoas.
Dave: Mas que pessoas? Que personagem? Este? Aquele? Percebeste alguma coisa daquilo que te acabo de ler!?
Ginny: Não sei.. Gostei muito da história!.. Gostei de tudo!
Dave: Não vale a pena!....És uma burra! Uma incapaz! Não podes compreender nada do que te digo..
Ginny: Oh, Dave, não fiques assim. Eu também não te compreendo e, no entanto, sei que te amo.
(Dave, surpreendido, aproxima-se de Ginny.)
Dave: Ginny... - aceitas casar comigo?
Dave: Então? Gostaste?
Ginny: Oh, sim! Muito!
Dave: E o que é gostaste mais?
Ginny: Ah, não sei. As pessoas.. Gostei muito de... ...de todas! Gostei muito das pessoas.
Dave: Mas que pessoas? Que personagem? Este? Aquele? Percebeste alguma coisa daquilo que te acabo de ler!?
Ginny: Não sei.. Gostei muito da história!.. Gostei de tudo!
Dave: Não vale a pena!....És uma burra! Uma incapaz! Não podes compreender nada do que te digo..
Ginny: Oh, Dave, não fiques assim. Eu também não te compreendo e, no entanto, sei que te amo.
(Dave, surpreendido, aproxima-se de Ginny.)
Dave: Ginny... - aceitas casar comigo?
"N. tem a fraquesa de só admitir o que todos reconhecem (...) bom senão enquanto serve para encetar uma carreira (...) Para N. as ideias e os raciocínios são um divertimento, uma espécie de passatempo. (...) Para mim, pelo contrário, só o que não são ideias é divertimento. (...) Quando uma ideia me preocupa, tudo o mais, para mim, é apenas um espetáculo divertido."
Partilha, o Pedro, com a sua cúmplice e mulher, Natacha Bezukov.
Partilha, o Pedro, com a sua cúmplice e mulher, Natacha Bezukov.
quarta-feira, maio 02, 2007
quarta-feira, abril 11, 2007
Não esquecer que a generalidade dos valores que se instituem servem para suportar a sociedade como um todo, um organismo que defende a sua sobrevivência, independentemente dos interesses de cada um de nós. Eventualmente, os dois interesses convergem. Sobretudo quando esta assenta num sistema democrático, em que os desejos das massas ditam as prioridades.
Sublinhar o facto de que falamos de massas, não do individuo. Este dissolve-se nesse conceito mais abrangente e ambíguo que é a vontade geral, a maioria. Cujas vontades são manipuladas objectiva, ou subjectivamente, por entidades mais ou menos obscuras.
O homem explora o homem, só que de forma mais sofisticada, dissimulada. É, e sempre será assim. É um facto que hoje temos mais direitos. No entanto, surgiram novas necessidades.
Se antes vivemos oprimidos por regimes totalitários que cegavam as gentes com culto do líder, jornalismo manipulado, repressão e perseguição, hoje, mobiliza-se as gentes para o frenesim, o stress, a urgência de tudo. A necessidade de ter e fazer tudo, independentemente da sua intima satisfação: de forma insaciável.. O que, naturalmente, deixa as hostes esgotadas. O fim é o mesmo: limitar a capacidade de pensar como individuo, de olhar para dentro, de viver à rebelia das massas.
Se não lhe forem impostos, o homem, apressa-se a construir os seus limites. Está lhe na natureza.
E cada um cria os seus..
Sublinhar o facto de que falamos de massas, não do individuo. Este dissolve-se nesse conceito mais abrangente e ambíguo que é a vontade geral, a maioria. Cujas vontades são manipuladas objectiva, ou subjectivamente, por entidades mais ou menos obscuras.
O homem explora o homem, só que de forma mais sofisticada, dissimulada. É, e sempre será assim. É um facto que hoje temos mais direitos. No entanto, surgiram novas necessidades.
Se antes vivemos oprimidos por regimes totalitários que cegavam as gentes com culto do líder, jornalismo manipulado, repressão e perseguição, hoje, mobiliza-se as gentes para o frenesim, o stress, a urgência de tudo. A necessidade de ter e fazer tudo, independentemente da sua intima satisfação: de forma insaciável.. O que, naturalmente, deixa as hostes esgotadas. O fim é o mesmo: limitar a capacidade de pensar como individuo, de olhar para dentro, de viver à rebelia das massas.
Se não lhe forem impostos, o homem, apressa-se a construir os seus limites. Está lhe na natureza.
E cada um cria os seus..
quarta-feira, março 21, 2007
Um quintal de moradia, final de tarde solarengo:
Algumas crianças correm animadamente atrás de um bola, outras entretêm-se com o brinquedo novo que o aniversariante acaba de receber como presente. Uma delas goza este momento com alguma inquietação. Procura brincar o tempo que lhe resta, sabendo que o seu pai que acaba de lhe chamar à atenção, enquanto descontraidamente remata a conversa com um conhecido, irá anunciar o momento de partir.
Arrastado no dia-a-dia, a falta de ocupação abre espaço às mais letargicas reflexões. Dou por mim a pensar em temas tão sinistros para tão jovem ser como a geriatria. Difícil dissociar-me da ideia que tudo tem um fim. Mas mais penoso que esse facto, o inexorável processo que se vai revelando lentamente.
Já não consigo olhar um idoso sem deixar de ver essa criança, agora presa a um corpo manifestamente débil, decadente: a anunciar o momento de partir.
Algumas crianças correm animadamente atrás de um bola, outras entretêm-se com o brinquedo novo que o aniversariante acaba de receber como presente. Uma delas goza este momento com alguma inquietação. Procura brincar o tempo que lhe resta, sabendo que o seu pai que acaba de lhe chamar à atenção, enquanto descontraidamente remata a conversa com um conhecido, irá anunciar o momento de partir.
Arrastado no dia-a-dia, a falta de ocupação abre espaço às mais letargicas reflexões. Dou por mim a pensar em temas tão sinistros para tão jovem ser como a geriatria. Difícil dissociar-me da ideia que tudo tem um fim. Mas mais penoso que esse facto, o inexorável processo que se vai revelando lentamente.
Já não consigo olhar um idoso sem deixar de ver essa criança, agora presa a um corpo manifestamente débil, decadente: a anunciar o momento de partir.
quinta-feira, fevereiro 15, 2007
Pensamento Ecológico
Já toda a gente deve ter constatado, alguns até padecerão deste mal, que anda para ai uma febre ecológica crescente que ameaça afundar as nossas consciências como o maremoto fez a Lisboa em 1755.
Alguns destes ecológicos individuos, os mais fervorosos, defenderão ainda que este terá sido desde logo obra do homem, num inexplicável, mas plausivel (aos seus crentes olhos), efeito retroactivo das lacas de cabelo e desodorizantes utilizados por coquettes que só nasceriam 200 anos mais tarde.
Não é que eu seja um gajo céptico, mas estas e outras teorias são me profundamente indigestas e não sou gajo de comer o que me faz mal. Ora, se não me engano, na minha posição de leigo curioso, há cerca de 10 000 anos a Terra, este planeta simpático, tal como o comprovaram os lisboetas de 1755 e os tipos em Pompeia ainda no tempo em que um deus só não chegava e a malta tinha uma mão cheia deles para se haver, era um glaciar imenso com mais de 1 kilómetro de espessura de gelo em plena europa ocidental ( mais uma vez é discutível a influência do homem nesta situação). Considerando que não existe registo de substanciais diferenças de clima no tempo em que Sócrates se passeava apenas com um trapinho à volta do corpo, é de afirmar que em apenas oito mil anos, uma "pequenina" transformação se deu no planeta, e não foi por obra do homem, é um processo que está para lá do nosso controlo. E isso é coisa que não agrada a estas obstinadas, desagradáveis, mas necessárias personagens, que, incapazes de controlar as suas próprias vidas, procuram controlar as dos outros.
Não nego a importância de uma consciência ecológica, mas numa perspectiva civilizada de sustentabilidade que nos sirva, e não como uma cruz que devemos arrastar, como mártires à procura da absolvição.
gozem
Alguns destes ecológicos individuos, os mais fervorosos, defenderão ainda que este terá sido desde logo obra do homem, num inexplicável, mas plausivel (aos seus crentes olhos), efeito retroactivo das lacas de cabelo e desodorizantes utilizados por coquettes que só nasceriam 200 anos mais tarde.
Não é que eu seja um gajo céptico, mas estas e outras teorias são me profundamente indigestas e não sou gajo de comer o que me faz mal. Ora, se não me engano, na minha posição de leigo curioso, há cerca de 10 000 anos a Terra, este planeta simpático, tal como o comprovaram os lisboetas de 1755 e os tipos em Pompeia ainda no tempo em que um deus só não chegava e a malta tinha uma mão cheia deles para se haver, era um glaciar imenso com mais de 1 kilómetro de espessura de gelo em plena europa ocidental ( mais uma vez é discutível a influência do homem nesta situação). Considerando que não existe registo de substanciais diferenças de clima no tempo em que Sócrates se passeava apenas com um trapinho à volta do corpo, é de afirmar que em apenas oito mil anos, uma "pequenina" transformação se deu no planeta, e não foi por obra do homem, é um processo que está para lá do nosso controlo. E isso é coisa que não agrada a estas obstinadas, desagradáveis, mas necessárias personagens, que, incapazes de controlar as suas próprias vidas, procuram controlar as dos outros.
Não nego a importância de uma consciência ecológica, mas numa perspectiva civilizada de sustentabilidade que nos sirva, e não como uma cruz que devemos arrastar, como mártires à procura da absolvição.
gozem
A Melhor Juventude II
"A Melhor Juventude"(2003), de Marco Tullio Giordana, é afinal um épico de seis horas dividido em duas partes, e a segunda foi transmitida, sem aviso prévio, no canal 1 da RTP, já em meados de Janeiro de 2007. O filme é sublime na forma terna e justa com que lida com cada uma das personagens. Conta a história de dois irmãos e de um acontecimento, aparentemente subtil, que molda para sempre, e de uma forma tão distinta, as suas posturas perante a vida. No entanto a vida encarrega-se de adensar o enredo com a arbitrariedade omnipotente, tão sua, e o resultado final.. bom, o resultado final chega ao fim das seis horas como um deleite gastronómico tem, por fim, que terminar, ainda com as recordações dos sabores experimentados tão vivas no paladar.
Um dia, quando aprender a escrever, vou poder descrever o prazer que me deu o filme.
Bom, vão ver o filme!
Um dia, quando aprender a escrever, vou poder descrever o prazer que me deu o filme.
Bom, vão ver o filme!
terça-feira, janeiro 02, 2007
A melhor juventude
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